domingo, 23 de agosto de 2009

CARTA ABERTA A AFONSO AUGUSTO FERRAZ




Floresta – PE, 22 de agosto de 2009 - 23:47:01 – minha casa



Afonso!
Afonso Augusto!
Afonso de Audomar!
Afonso de D. Osmínia!
Afonso de Dáris!
Afonso Augusto Ferraz!
Afonso do Povo Florestano!




No calendário a que chamamos de civil, estamos às vésperas de rememorar “a sua viagem”! A essa viagem, uma expressiva quantidade de pessoas costuma caracterizá-la como, “a viagem sem volta” ! Outros preferem referir-se a uma mudança, o outro lado da vida, a partida, o encontro com Deus, o repouso eterno...

Sinceramente, não penso em como você a define: um novo espaço e tempo e circunstâncias? Ou, lembrando as suas colocações: ganhos de novas experiências e aprendizados?

Podemos até concordar com a viagem, aceitando que não gozamos de sua presença física, então, é possível dizer que você está viajando... Se concebermos uma viagem sem volta, afirmamos que a ausência de sua presença material anularia o rol de suas ações, todas elas, no vasto leque de suas naturezas. Aceitar uma mudança é sensato tanto quanto apropriar-nos do termo, partida. Encontro com Deus ou mesmo com os seus emissários, com aqueles que o antecederam na viagem, condiciona visões possíveis ao nosso imaginário espiritual inspirado em nossos valores cristãos.

Outro dia, ouvimos e quem sabe até você tenha lido que as pessoas não morrem elas se encantam... Isso! Perfeitamente! Você encantou-se... E cristalizaram-se todas as suas vivências, as suas experiências, as suas aprendizagens, as lições aprendidas e compartilhadas com centenas de pessoas diretamente, indiretamente e até mesmo, com aqueles que ainda estão por vir. Por tempos que não sabemos precisar escutaremos, saberemos e aprenderemos sobre Afonso Augusto Ferraz, o Afonso Prefeito de Floresta. Governos que se firmaram na História das Terras de Pereira Maciel porque constituem muito de sua própria identidade e essência. O Prefeito do Centenário! Todavia, convivendo juntos e em sua companhia, desconfiamos de que você não censurará se o dissermos: o filho da Terra dos Tamarindos que mais a amou e que esse amor representou o sentido de sua própria vida, doada até os últimos instantes em defesa, zelo, cuidado, compromisso, dedicação, doação, amor legítimo aos seus pares, ao povo florestano, Povo de Sua Terra!

Existem vários Afonsos! Cada um dos florestanos o tem de um jeito, de uma forma, nutre sentimentos diferentes. Muito se tem falado sobre todos os Afonsos!

O meu sentimento, semelhante ao sentimento verdadeiramente fraterno, amigo, irmão é de muita gratidão. Gratidão pela oportunidade feliz de tê-lo bravo lutador em defesa de todos os seus pares. Admiração por todas as suas iniciativas. Referencial! É isso! Você é referência para todas as gerações que ainda estão por vir.

Reunidos na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Reunidos em presenças materiais e espirituais. No mesmo Altar de sua infância, adolescência, de seus dias, para numa prece coletiva e em cantos, pedir por você, para que tenha do outro lado da vida a mesma coragem e disponibilidade de servir. Você é também isso, serviço! Quem sabe, você tenha águas ainda mais atraentes que as do Navio e do Pajeú e visualize animais carentes de seus cuidados. Um terreiro onde vez por outra possa jogar conversa fora e reanimar a sua disposição. Encontrando casas antigas e frondosos tamarindos, pode sentir-se ainda mais juntinho de seus amigos e de seus familiares.

Tem outra coisa: aquilo que o coração ama fica eterno!

Afetos... saudades!


Carla Rogéria.

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