sábado, 14 de novembro de 2009

ANALOGIAS...


É a qualidade...
É o estado...
É a condição...

É a semelhança funcional entre orgãos de diferentes estruturas e origens.
Foi a semelhança de uma "Chapa ?"
Estruturas distintas,
Origens divergentes,
E só...

É a identidade de relação entre pares.
Foi a dessemelhança de conceitos?
Estruturas distintas,
Origens divergentes,
E só...

É a passagem de asserções facilmente verificáveis para outras de difícil constatação.
Foi a generalização probalística da partilha?
Estruturas distintas,
Origens divergentes,
E só...

É a correspondência que pode ser estabelecida entre fenômenos cuja física é distinta, mas cujas grandezas são descritas por funções matemáticas.

Foi a não correspondência em R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$?
Estruturas distintas,
Origens divergentes,
E só...

É a operação lógica por meio da qual se aplica a um caso não previsto na lei a norma jurídica disciplinadora de ocorrências semelhantes.
Foi a operação lógica de que se não aparecia nas fotos não teria exercício de função?
Estruturas distintas,
Origens divergentes,
E só...

CHORO...


É está em prantos.
Lacriminoso, até.
São lágrimas vertidas
E um vestígio bem explícito delas...
Um misto de tristeza,
de alegria,
se tivesse uma bola de cristão,
seria de lástimas, mesmo!
É um misto de gosto e de desgosto...
Uma emoção fácil e latente.
Há quanto tempo esse choro ficou piegas?
E depois um outro choro.
Choro de
indignação,
revolta,
desengano,
de ganho ou de perda?
Choro?
É a materialização do que se pretendia e não foi...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

EU NÃO SABIA...






“Eu não sabia”...


Outro dia, numa dessas oportunidades em que a gente tem a infeliz obrigação de ouvir sem a chance de intervir, escutei fragmentos de uma trajetória de ascensão pessoal. Hierarquicamente pessoal.
Tratava a vistosa senhora de como construiu a sua carreira política. Ora entendi ser um conto de fadas; ora uma fatalidade; ora uma casualidade; ora uma oportunidade. Mas meu Deus, onde estava mesmo aquela trajetória sólida que consolida a investidura política? Aquele colocar pedra por pedra?
Não pude colher a essência de uma escalada. Galgar degraus. Na omissão de alguns fatos, decisivos, escutou-se discorrer sobre um episódio quase Maria do Carmo – a mesma que foi Senhora do Destino dela.
Hoje me turva o pensamento o mesmo discurso com roupa de engana os bestas, preciso deles todos. Hoje, dia 12 de outubro! Ah! O JC trouxe-nos uma versão de Ana Vitória em ascensão de sobrevivência e ainda mais mutilada! Isso! É a mesma Ana Vitória que vem ilustrando o assunto mórbido da fome no sertão, em Floresta, no tão querido bairro DNER, lugar onde mora o povo do meu coração! Ana Vitória agora com marcas indeléveis da atuação competente do Hospital Municipal de Floresta, aparece sem dois dos dedos de uma das mãos... (agora sou eu quem faz questão de omitir o nome do Coronel). Ai, que vergonha de médico!
Lá, no primeiro parágrafo onde a fala precisou ficou exilada, foi anunciada uma ascensão política modelo quase Madre Tereza de Calcutá; de divisão com quem não tem; pão para quem tem fome... coisa assim. Mas, onde estava a família de Ana Vitória nos 31 de dezembros, meu Deus?! Onde estava ela que não foi acudida, meu Pai?
Não! Ela estava lá, mesmo. No lugar de sempre. Todas as vezes que o JC vem, encontra. De uma próxima visita, que benefício terá Ana Vitória recebido? O colírio? Olhinho artificial aliviaria a dor de cabeça!
Vem cá, JC! Diz-me qual a distância de prometer ao Menino do Morcego, morador lá da caatinga e não conseguir localizar a casa de Ana Vitória? Diz-me qual o número da legenda!!!
Ah! Lá no bairro do DNER tem um Ninho da Igreja! Quem sabe o Padre consegue localizar o domicílio de Ana Vitória?!
Vejamos o que cada um de nós pode assim fazer! Que dá IBOPE, isso dá! Mas, já está de boa marca o quadro de honra ao mérito destacado pelo amarelo das caraíbeiras. Essas honrarias acontecem por força de uma compra, de uma aquisição. E nisso o nome mais aclamado a luz do voluntariado é funcional.
Mas, se perguntar por Ana Vitória, uma voz sonora e grave vai responder: “Eu não sabia”...




Carla Rogéria Rosa Ferraz
12/10/2009.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OLHEM PARA MIM E FAÇAM ALGUMA COISA!!!




Floresta – PE, 07 de outubro de 2009.


Senhores Vereadores
Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Floresta
Casa Benício Ferraz


Sou a Professora Carla Rogéria Rosa Ferraz, pernambucana e natural da cidade de Floresta, município jurisdicionado a Gerência Regional de Educação do Sertão do Submédio do São Francisco. Localizada na Escola Deputado Afonso Ferraz, integro a Rede Estadual de Ensino através de concurso público para a docência no Curso Normal Médio – Disciplinas Pedagógicas. No leque de outras experiências, durante vinte anos integrei a Rede Municipal de Ensino de Floresta, atuando na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos, na condição de Supervisora Pedagógica do Campo. Ainda na mesma esfera, fui a primeira Gestora da Escola Municipal Joaquim Salvador de Souza Ferraz – única, no Estado de Pernambuco, em área de Reforma Agrária, a oferecer o Ensino Fundamental em nove anos. E numa iniciativa ousada do então Prefeito Afonso Augusto Ferraz, em 2005 a implantação do Ensino Médio.
Licenciada em Pedagogia e Especialista em Psicopedagogia, busco condições favoráveis para a continuidade da formação acadêmica na perspectiva de outras Especializações, Mestrado e Doutorado, quem sabe.
Não é excessivo confirmar o processo de educação formal, que se dá no interior das instituições escolares, como real possibilidade de (re) organização da sociedade, (re) pensar das práticas sociais, (re) estruturação planetária. Eis que permaneço acreditando no homem e na capacidade dinâmica de transformação. Eis que atuo, prazerosamente, na educação.
Ocupar-se do aluno na condição de sujeito em processo de formação e simultaneamente com ação direta na sociedade, alcança a sensibilidade da responsabilidade social do educador comprometido com a preservação da espécie humana, primando por sua competência de interação e de sobrevivência em grupo e no grupo. Não mais pensamos a formação do sujeito com atuação limitada e restrita ao seu habitat. Projetamos um sujeito novo e com aptidões para atuação num espaço macro – a sociedade planetária.
Essa inquietação maior lança-me a uma reflexão permanente em que pese a proteção, o zelo e a atenção voltada para os instrumentos legais mantenedores da formação escolar do sujeito. E é com outro olhar que devo mirar a “frieza burocrática” dos capítulos, artigos, parágrafos, incisos e outros elementos constituintes das redações legislativas. Mirar e identificar a alma de uma lei que é o seu cumprimento reto e imparcial.
No dinamismo do cotidiano escolar, que nunca é estático, toca-me o coração a dedicação, a determinação, o compromisso, o desejo de vida da aluna Elisandra Zilda de Souza, matriculada na Escola Deputado Afonso Ferraz, no Curso Normal Médio, turma “B”, com funcionamento no horário de 13 h as 17 h e 25’, oportunidade na qual a mesma aluna caminha dois quilômetros para apanhar o transporte escolar e no retorno mais dois quilômetros, sempre conduzindo o seu filho menor. Oriunda do campo, natural da Faz. Pocinhos, atualmente a aluna reside na Faz. Carpina, distante da sede deste município seis quilômetros. Nas manhãs de quartas-feiras a aluna comparece às aulas de Prática Pedagógica oferecidas legalmente no contra turno também conduzindo o seu filho Edson Fernandes da Silva Souza, com idade de seis anos. O seu esposo, ocupado com os labores rurais, permanece no campo e já tem como garantidas as suas refeições básicas que são preparadas às 4 h da madrugada por sua esposa. A mesma aluna que obedece ao natural perfil de aluna mãe, esposa, do campo. Inicialmente, a própria aluna, contratava um moto táxi com recursos próprios (R$ 10,00) garantindo o seu deslocamento, o que passou a ser inviável.
Como mecanismo facilitador da árdua e tripla jornada o transporte escolar, em obediência a legislação de amparo ao estudante, amenizaria os riscos a que se expõe, semanalmente, a aluna. O trajeto de sua casa a escola, nas manhãs de quartas-feiras a aluna toma o formato de uma transeunte da BR 316, em companhia dos carros e de seu filho Edson Fernandes que estuda em uma das Unidades de Ensino de Floresta durante a tarde.
Na manhã de ontem (07.10.09), a aluna Elisandra, em processo de gestação há três meses, externou visivelmente, o seu cansaço, o seu desconforto, o seu esforço, o seu esgotamento, a fragilidade de sua saúde, o grito de socorro: “Olhem para mim e façam alguma coisa!” Mas também deu provas de sua credibilidade na Educação, na Escola Deputado Afonso Ferraz, na aposta de um futuro melhor para si, para sua família. Fomos, seus colegas e eu, testemunhas oculares do mal estar desesperador porque passou a aluna que literalmente, andou a passos muito largos e apressados na investidura de vencer a distância em que se mantém da Escola. Correu para atender ao compromisso de mais um dia letivo. E em sua corrida evidenciou quão significativo, adequado, lógico e justificador fora o show pirotécnico alusivo ao primeiro aniversário da (re) construção de uma Floresta para Todos.
Firmo o apelo de que os Vereadores de Floresta, os mais esclarecidos, os mais conscientes, os mais sensíveis, os legitimamente comprometidos, identifiquem nos instrumentos legais (Constituições Federal, Estadual e Municipal – a Lei Orgânica, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Direitos Humanos) quais os dispositivos que garantam os direitos de acesso e permanência do aluno na Escola em Floresta. Creio eu tratar dos mesmos que dizem das obrigações governamentais e na cultura do “Cuidar da Cidade” esquecidos se vão os do campo. Sofre, Elisandra! Sabendo-se de um caso territorialmente municipal, identifiquem as calamidades acometidas ao serviço de transporte escolar e mais que isto, em 05 de outubro de 2008 a aluna Elisandra Zilda outorgou a vocês os seus interesses e ela é cidadã, é gente.
Muito obrigada!

domingo, 23 de agosto de 2009

CARTA ABERTA A AFONSO AUGUSTO FERRAZ




Floresta – PE, 22 de agosto de 2009 - 23:47:01 – minha casa



Afonso!
Afonso Augusto!
Afonso de Audomar!
Afonso de D. Osmínia!
Afonso de Dáris!
Afonso Augusto Ferraz!
Afonso do Povo Florestano!




No calendário a que chamamos de civil, estamos às vésperas de rememorar “a sua viagem”! A essa viagem, uma expressiva quantidade de pessoas costuma caracterizá-la como, “a viagem sem volta” ! Outros preferem referir-se a uma mudança, o outro lado da vida, a partida, o encontro com Deus, o repouso eterno...

Sinceramente, não penso em como você a define: um novo espaço e tempo e circunstâncias? Ou, lembrando as suas colocações: ganhos de novas experiências e aprendizados?

Podemos até concordar com a viagem, aceitando que não gozamos de sua presença física, então, é possível dizer que você está viajando... Se concebermos uma viagem sem volta, afirmamos que a ausência de sua presença material anularia o rol de suas ações, todas elas, no vasto leque de suas naturezas. Aceitar uma mudança é sensato tanto quanto apropriar-nos do termo, partida. Encontro com Deus ou mesmo com os seus emissários, com aqueles que o antecederam na viagem, condiciona visões possíveis ao nosso imaginário espiritual inspirado em nossos valores cristãos.

Outro dia, ouvimos e quem sabe até você tenha lido que as pessoas não morrem elas se encantam... Isso! Perfeitamente! Você encantou-se... E cristalizaram-se todas as suas vivências, as suas experiências, as suas aprendizagens, as lições aprendidas e compartilhadas com centenas de pessoas diretamente, indiretamente e até mesmo, com aqueles que ainda estão por vir. Por tempos que não sabemos precisar escutaremos, saberemos e aprenderemos sobre Afonso Augusto Ferraz, o Afonso Prefeito de Floresta. Governos que se firmaram na História das Terras de Pereira Maciel porque constituem muito de sua própria identidade e essência. O Prefeito do Centenário! Todavia, convivendo juntos e em sua companhia, desconfiamos de que você não censurará se o dissermos: o filho da Terra dos Tamarindos que mais a amou e que esse amor representou o sentido de sua própria vida, doada até os últimos instantes em defesa, zelo, cuidado, compromisso, dedicação, doação, amor legítimo aos seus pares, ao povo florestano, Povo de Sua Terra!

Existem vários Afonsos! Cada um dos florestanos o tem de um jeito, de uma forma, nutre sentimentos diferentes. Muito se tem falado sobre todos os Afonsos!

O meu sentimento, semelhante ao sentimento verdadeiramente fraterno, amigo, irmão é de muita gratidão. Gratidão pela oportunidade feliz de tê-lo bravo lutador em defesa de todos os seus pares. Admiração por todas as suas iniciativas. Referencial! É isso! Você é referência para todas as gerações que ainda estão por vir.

Reunidos na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Reunidos em presenças materiais e espirituais. No mesmo Altar de sua infância, adolescência, de seus dias, para numa prece coletiva e em cantos, pedir por você, para que tenha do outro lado da vida a mesma coragem e disponibilidade de servir. Você é também isso, serviço! Quem sabe, você tenha águas ainda mais atraentes que as do Navio e do Pajeú e visualize animais carentes de seus cuidados. Um terreiro onde vez por outra possa jogar conversa fora e reanimar a sua disposição. Encontrando casas antigas e frondosos tamarindos, pode sentir-se ainda mais juntinho de seus amigos e de seus familiares.

Tem outra coisa: aquilo que o coração ama fica eterno!

Afetos... saudades!


Carla Rogéria.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Minha Terra, hoje eu vim te falar...


Floresta, minha Terra!
Hoje eu vim te falar.
Falar de um processo doloroso,
cruel,
de uma invasão...
Vim te dizer, minha Terra,
que na distância em que se postam os seus filhos mais valentes,
mais viris,
bravos e destemidos,
tanto assim, não a deixaremos só...
Vim te dizer, minha Terra,
que na alegria e na tristeza,
na agonia que lhe fazem passar,
no escárnio que de ti querem fazer,
por suas partes e trincheiras,
estamos nós, em sentinela,
e você há de resistir,
levantar-se,
reerguer-se,
salvar-se,
reviver...
Vim te dizer, minha Terra,
que na ausência de seus filhos mais ilustres,
dessa cacimba onde saciamos a sede,
há um desejo renovado, vivo, firme e forte
de compromisso com você...
Guardá-la,
trazê-la sempre nossa,
de não deixá-la sozinha
e sem amparo...
Vim te dizer, minha Terra,
que a ramagem de seus troncos
não fará recuo,
não se amendrotará,
não se acorvadará,
não a deixará no abandono,
não a entregará as mãos dos carcarás,
não a levará de nós, os invasores.
Vim te dizer, minha Terra,
que não é mesmo desse jeito que a cuidamos,
que a amamos,
que a trazemos dentro de cada um de nós,
que a queremos,
que a fazemos,
que será, heroicamente, arrebatada das mãos dos escarnecedores...
Vim te dizer, minha Terra,
que nunca deixaremos de enamorá-la...
Vim te dizer, minha Terra,
que a água de seu Pajeú, de seu Navio,
lava o pranto e revigora forças,
que a sombra de seus tamarindos ameniza o lamento,
que a beleza de seu casario ainda menina de nossos olhos,
que o patamar e o altar de cada uma de suas igrejas,
recebe as nossas preces, o nosso fervor...
Vim te dizer, minha Terra,
que o Bom Jesus dos Aflitos
e a Virgem do Rosário
baloartes de nossa fé
escutam de nós os rogos de paz!
Que os nomes de suas ruas, praças, prédios,
de sua história impressa e impregnada
em cada peito e no peito de todos nós,
não se dissolve em tintas alaranjadas...
Vim te dizer, minha Terra,
não foi em vão a mão que te escreveu,
o canto que te cantou,
o desenho que te desenhou...
Vim te pedir, minha Terra,
Vim te pedir clemência, paciência,
perdão, pela angústia que a fazem passar
e que passam os filhos seus...
Vim te dizer, minha Terra,
que lutaremos, sim,
até o fim!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA - Joanna

Viva a Mãe de Deus e nossa,
Sem pecado concebida!
Viva a Virgem Imaculada,
A Senhora Aparecida!
Aqui estão vossos devotos.
Cheios de fé incendida,
De conforto e de esperança,
Ó Senhora Aparecida!
Virgem santa, Virgem bela,
Mãe amável, Mãe querida,
Amparai-nos, socorrei-nos,
Ó Senhora Aparecida!
Protegei a Santa Igreja,
Mãe terna e compadecida,
Protegei a nossa pátria,
Ó Senhora Aparecida
Amparai a todo clero,
Em sua terrena lida,
Para o bem dos pecadores,
Ó Senhora Aparecida!
Velai por nossas famílias,
Pela infância desvalida,
Pelo povo brasileiro,
Ó Senhora Aparecida!

RIACHO DO NAVIO - Luiz Gonzaga e Zé Dantas



ISSO É A CARA DE AFONSO AUGUSTO...

Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú
Vai despejar no São Francisco
E o rio São Francisco vai bater no meio do mar
O rio São Francisco vai bater no meio do mar.
Ah, se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro riacho do Navio
Eu ia direitinho pro riacho do Navio.
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçadas
Ver as pegas de boi
Andar nas vaquejadas
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio, sem notícia das terras civilizadas.
Riacho do Navio
Tando lá não sinto frio.

ORAÇÃO NOSSA - Emmanuel/Chico Xavier

Senhor,
Ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho.
A dar sem olhar a quem.
A servir sem perguntar até quando.
A sofrer sem magoar seja quem for.
A progredir sem perder a simplicidade.
A semear o bem sem pensar nos resultados.
A desculpar sem condições.
A marchar para frente sem contar os obstáculos.
A ver sem malícia.
A escutar sem corromper as ações.
A falar sem ferir.
A compreender o próximo sem exigir entendimento.
A respeitar o semelhante sem reclamar consideração.
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem sobrar taxa de reconhecimento.
Senhor,
Fortaleça em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com nossas próprias dificuldades.
Ajudai-nos, para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta, será invariavelmente aquela de cumprir-te os desígnios, onde e como queiras, hoje, agora e sempre.

CASA DE CAMPO - Raimundo Nonato e Nonato Costa


Eu vou me mudar pra fazenda
Que a urbe que ilude, só me desilude
Com medo do trânsito do asfalto
E de assalto, sem ter quem me ajude
Eu quero uma casa de alpendre
Com bichos no pátio, com peixe no açude
Me basta Sol a céu aberto
E uma escola perto que meu filho estude
Antes que me mudem tudo
Eu mudo e tomo uma atitude
Reúno a família e me queixo
Eu deixo a cidade e não deixo
Que a minha origem mude
Numa casa de campo
Eu sonho anoitecer com lua e luz de pirilampo
Eu largo a metrópole do medo e sem medo eu acampo
Numa casa de campo, numa casa de campo
Prefiro me acordar com o galo
Que não tem relógio, mas desperta a gente
Tomar o meu leite composto
Sem gosto de água e bem quente
Na roça sepultar os grãos
E assistir o parto sem dor da semente
Com água de pote e toneis
Lavar os meu pés sentado ao batente
E a tarde nos últimos ensaios
Dos raios do sol do poente
Eu volto um milhão pra voltar
Eu quero custe o que custar
Morar novamente
Numa casa de campo
Que eu possa ligar pra os vizinhos
Sem esculta e grampo
Preciso falar com pessoas que dizem relampo
Numa casa de campo, numa casa de campo

sábado, 16 de maio de 2009

O que é a Amizade?

A amizade torna os fardos mais leves, porque os divide pelo meio.
A amizade intensifica as alegrias, elevando-as ao quadrado na matemática do coração.
A amizade esvazia o sofrimento, porque a simples lembrança do amigo é alívio.
A amizade ameniza as tarefas difíceis, porque a gente não as realiza sozinho. São dois cérebros e quatro braços agindo.
A amizade diminui a distância. embora longe, o amigo é alguém perto de nós.
A amizade enseja confidências redentoras: problema partilhando, percalço amaciado; felicidade repartida, ventura acrescida.
A amizade coloca música e poesia na banalidade do quotidiano.
A amizade é a doce canção da vida e a poesia da eternidade.
O amigo é a outra metade da gente. O lado claro e melhor.
Sempre que encontramos um amigo, encontramos um pouco mais de nós mesmos.
O amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta, em qualquer situação.
O amigo na hora certa é o sol ao meio dia, estrela na escuridão.
O amigo é a bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação.
O amigo é o milagre do calor humano que DEUS opera num coração.


Oração da Família - Pe. Zezinho

Que nenhuma família comece em qualquer de repente,
Que nenhuma família termine por falta de amor.
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente,
E que nada no mundo separe um casal sonhador.
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte,
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte,
Que eles vivam do ontem, do hoje e em função de um depois.
Que a família comece e termine sabendo onde vai,
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor,
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém! Abençoa, Senhor, a minha também.
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida,
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida,
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos,que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois.
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.
Que a família comece e termine sabendo onde vai,
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor,
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém! Abençoa, senhor, a minha também.

Ao que vai chegar - Toquinho

Voa, coração
a minha força te conduz
que o sol de um novo amor em breve vai brilhar
Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz
Clareia seu caminho e acende seu olhar
Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia
colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer
e não esqueça de trazer força e magia,
o sonho e a fantasia, e a alegria de viver
Voa, coração
que ele não deve demorar
e tanta coisa a mais quero lhe oferecer
O brilho da paixão, pede a uma estrela pra emprestar
e traga junto a fé num novo amanhecer
Convida as luas cheia, minguante e crescente
e de onde se planta a paz,
da paz quero a raiz
E uma casinha lá onde mora o sol poente
pra finalmente a gente simplesmente ser feliz...

As Majestades, os Sabiás... Roberta Miranda

Meus pensamentos tomam forma e eu viajo
Eu vou prá onde Deus quiser
Um video tape que dentro de mim
Retrata todo meu inconsciente
De maneira natural
Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa prá deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade , o sabiá
Tô indo agora tomar banho de cascatas
Quero adentrar nas matas onde oxossi é o deus
Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas
Todas me dando passagem
Perfumando o corpo meu
Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa prá deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade , o sabiá
Esta viagem dentro de mim foi tão linda
Vou voltar à realidade prá este mundo de Deus
É que o meu eu este tão desconhecido
Jamais será traído pois este mundo sou eu
Ah! tô indo agora prá um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa prá deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá!

Lampião, rei do Sertão - Xangai

Rei do Sertão
no romper da madrugada
fogo na chapada batizou seu nome
cangaceiro infame
matador do mal
Lei do Sertão
no seu tempo de criança
foi a vingança que marcou a sua sorte
que lhe trouxe a morte
e levou seu pessoal
Maria Bonita lhe tirou da solidão
dividiu sua vida
entre o sangue e a paixão
até morreu...
Virgulino, hoje tanta gente
lembra seu destino
desde a Ingazeiro donde foi menino
valente vaqueiro
cabra sanfoneiro, bandoleiro
Lê Lampião, traz a sua cabroeira
que hoje aqui tem feira
vem vender pro povo
volte aqui de novo
prá viver em paz
e traz seus irmãos
que o Sertão tá bem mudado
tá todo molhado e chove aqui na terra
acabou-se a guerra
vem plantar feijão bom...

Há Distâncias...

Povo da minha Terra!
Povo do meu coração.

Há distâncias...

Espaços impreenchíveis
Ocupados,
Impregnados,
Embebidos,
Encharcados de uma mesma voz:
Povo da minha Terra!

Povo da minha Terra!
Povo do meu coração.

Há distâncias...

Diferenças irrevogáveis
Irreversíveis,
Intransponíveis,
Inalcançáveis,
Inatingíveis de uma mesma voz:
Povo da minha Terra!

Povo da minha Terra!
Povo do meu coração.

Há distâncias...

Sentimentos internalizados
Sem início,
Sem fim,
Definidos,
Personalizados,
Imutáveis,
Incessantes,
Inseparáveis,
Imortais,
Daquilo que é dele,
Da mesma voz:
Povo da minha Terra!


Profª Carla Rogéria Rosa Ferraz
Sob a inspiração do discurso do Prefeito Afonso Augusto Ferraz
Sala de Reboco - Recife - PE, 31/08/2008.

POVO DA MINHA TERRA!!!




POVO DO MEU CORAÇÃO.

Coisa que não combina...

COISA QUE NÃO COMBINA...


Vi Floresta em horas diferentes,

vi Floresta em todas as horas.


E vi uma Floresta desalinhada...

desarmonizada,

desequilibrada,

desassossegada,

desarranjada,

destroçada.


E vi uma Floresta fosca...

pálida,

descorada,

escura,

encandeada,

embaçada.


E vi uma Floresta recolhida...

retraída,

retalhada,

encolhida,

escondida,

contraída.


E vi uma Floresta enlutada...

órfã,

ócia,

asilada,

outona,

quarentenada.


Vi Floresta vestida diferente,

vi Floresta com trajes desusais.

Vi Floresta sem o pensamento dele,

sem a voz dele,

sem a mão dele,

sem os passos dele,

sem os olhos dele,

sem o riso dele...


Profª Carla Rogéria Rosa Ferraz

Sob a inspiração do desencarne de Afonso Augusto Ferraz

Floresta – PE, 2008/2009...


D. Carrinha, neta de Seu Armando...



Fragmentos do livro Quinca Pedro - O Herói da Caatinga

“D. Carrinha neta de Seu Armando”...

Nasci no Brasil, no estado de Pernambuco, na cidade de Floresta, na Maternidade Ana Carolina Ferraz, anexo do Hospital Álvaro Ferraz, aos 26 de maio de 1970.
Registrada no Cartório de Registro Civil da cidade de Floresta, a Sra. Carlinda Ferraz Correia declarava, de acordo com informações de meu genitor, o agricultor Manoel Armando Ferraz, o assento de uma criança do sexo feminino, de olhos e cabelos castanhos, por nome de Carla Rogéria Rosa Ferraz. O sobrenome Rosa advinha de minha mãe, a agricultora Maria de Lourdes Rosa Ferraz.
Na Faz. Curral Novo, Ribeirinha do Riacho do Navio e 2º Distrito da cidade de Floresta, sob os vaidosos cuidados de pais, avós, tios, parentes e amigos, vivi os primeiros anos de vida, iniciando uma cultura de valorização ao homem e à mulher do campo, ao vaqueiro, aos costumes, tradições, lendas e labores rurais.
Residindo na cidade de Floresta, em companhia da mãe adotiva, a agricultora Josefa Maria da Rosa e dos pais adotivos, o enfermeiro Nilson Cavalcanti Ribeiro e a professora Maria Aparecida Ferraz Cavalcanti, dos irmãos Rejane Aparecida Ferraz Cavalcanti e Jerônimo Gregório Ferraz Calvacanti, da cunhada Marta Maria Nunes Ferraz Cavalcanti e da sobrinha/afilhada Ana Carolina Nunes Ferraz Cavalcanti, concluí estudos, construí valores e amizades, recebi o grau de professora. Entendendo que educar é construir, criar, reinventar, contradizer, contraditar, experimentar, testar, errar e acertar, concluí duas Graduações e uma Especialização: Geografia, Pedagogia e Psicopedagogia.
Funcionária da Prefeitura de Floresta desde 1988, exercendo entre outras funções a de Diretora escolar da Escola Municipal Joaquim Salvador de Souza Ferraz – “Vaqueiro Quinca Salvador” – Assentamento Serra Negra, vínculo empregatício em regime comissionado e atualmente interrompido. Em 2006, selecinada através de concurso público assumi, no Governo do Estado de Pernambuco/Secretaria de Educação/GRE do Sertão do Submédio São Francisco/Escola Deputado Afonso Ferraz a função de Professora do Núcleo Pedagógico do Curso Normal Médio. Sob a inspiração dos novos desafios aceitei, convite firmado pela Profª Auxiliadora Cornélio, lecionando também no ISEF - Instituto Superior de Educação de Floresta - PE. De formação cristã e educada sob os princípios da Doutrina Católica há três anos que estudo a Doutrina Espírita, freqüento o IECC - Instituto Espírita Caetano Coimbra, mantenho contatos com amigos Espíritas, participo de estudos sistematizados via internet e leio. Leio muito sobre a Doutrina Espírita. Isso me traz entendimento de uma totalidade.